Apesar de todo o cenário de crise, não houve as mesmas consequências daquela de 1929. Por quê? A primeira resposta seria a rápida reação dos bancos centrais, que desembolsaram centenas de bilhões em todo o mundo para salvar empresas e grupos financeiros, numa rápida tentativa de deter a crise. Ironicamente, o capitalismo liberal prega a não intervenção do Estado na economia como mandamento básico e primordial. No entanto, foi novamente a intromissão do Estado que salvou os empresários e banqueiros de todo o planeta.
Em meio à crise, cresceu significativamente a importância dos países emergentes, dentre estes o Brasil. O G-20, grupo dos 20 países mais ricos, passaram a ter tanta importância quanto o G-8, grupo formado apenas por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia. O G-20 está representado pelos países do G-8 mais África do Sul, Árabia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia. São Petesburgo, em 2009, sediou um encontro do G-20, já reconhecendo a importânciadesse grupo, colocando-o em papel maior e mais destacado do que ocorreradurante a década de 1990. Tal grupo representa mais de 85% da economia mundial e dos negócios do planeta.
A Crise de 2008 foi importante para a ascensão do G-20. O Brasil, que também sentiu os efeitos da crise econômica, conseguiu sair sem maiores lesões, diferente de outros países que pertencem ao G-20. O que ofereceu um espaço oportuno para a economia brasileira no cenário mundial, que pode galgar espaço e crescer politicamente. Descobertas recentes, como o pré-sal, podem alavancar e dar oportunidade para o Brasil se tornar uma grande potência econômica.
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