Minas Gerais - 1720
Ocorreu como consequência dos crescentes tributos aplicados por Portugal em Minas Gerais. A rebelião começou quando o governo português proíbe a circulação de ouro em pó coisa comum na região (a moeda corrente eram as gramas de ouro em pó). Para o ouro circular, Portugal determinou que todo ouro extraído deveria passar pela casa de fundição, onde deveria ser transformado em barras, assim seria descontada a parte da corte, que era o quinto.
Oito dias depois dessa lei, uma multidão (2.000 pessoas) furiosa dirigiu-se para o governador, chefiada por Felipe dos Santos, para manifestar sua revolta.
Os rebeldes queriam que o governador mandasse diminuir os impostos e fechasse a casa de fundição. Sem soldados suficientes para fazer frente a manifestação, o governo prometeu atender o seu pedido.
Os revoltos voltaram tranquilos para casa, pensando ter conquistado uma grande vitória. O governador assim que conseguiu reunir tropa suficientes para combater, colocou os Dragões da Cavalaria (soldados metropolitanos) contra os revoltosos de Vila Rica. Os chefes do movimento foram presos e suas casas incendiadas. Felipe dos Santos foi executado em praça pública, depois seus braços e pernas foram amarrados em quatro cavalos, que partiram em direção oposta. Sua cabeça foi exposta no centro de Vila Rica e as demais partes do corpo foram espalhadas nas estradas, para servir de exemplo, intimidando aqueles que pensassem em novas rebeliões.
A Metrópole conseguiu impor seus interesses na Colônia. Manteve a casa de fundição para melhor controle do ouro extraído das minas e separou Minas Gerais da capitania de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário